Nonamente...

Estava nobremente sentado abeira mar. Sentia a leve brisa levar-lhe os cabelos e um soninho o tomava. Resolveu acender um cigarro.
"Trick,trick" o danado do isqueiro teimava em não acender... Fez cabaninha e pronto acendeu a brasa.
Gostava sempre mais da primeira tragada, achava que tinha um gosto diferente e especial, lembrava-se de quando era pequeno e este mesmo cheiro,quando sua mae fumava, lhe dava nauseas e asma.
Estranho pensara. Por que será que ele resolvera fuma?
Se era tão contra o tabagismo, se pedia sempre a sua mae para parar?
A vida dá voltas, pensou.
Agora só sentia um nada completo. Sem Amores, sem dores, sem distinçao,sem nada.
Ali naquela praia se sentia em paz.
Nada o preocupava. Nem o trabalho, nem a faculdade, nem a troca de oleo do carro.
Apenas paz.
Sabia que sempre que precisasse era só voltar ali que teria paz. Paz.
Que palavra engraçada! Como uma palavra de trez letras pode expressar tamanha perfeiçao?!
O cigarro acabou e ele resolveu parar de filosofar e seguir sua vida.
Entrou no carro deu partida e voltou para sua vida.